Paul Cary é professor adjunto de sociologia da Universidade Lille 3 (França) desde 2008, atuando principalmente nas áreas da sociologia urbana ou da sociologia das associações, desenvolvendo pesquisasno Brasil – principalmente no Recife, em São Paulo e em Belo Horizonte – há mais de 15 anos. Publicou, entre outros, Le commerce équitable: quelles théories pour quelles pratiques? (L’Harmattan, 2004), Penser les territoires (Presses Universitaires du Québec, 2010), com André Joyal, e, mais recentemente, Ségrégation et fragmentation dans les métropoles. Perspectives internationales (Presses universitairesdu Septentrion, 2013), com Marion Carrel e Jean-Michel Wachsberger.Recentemente,foi editor, com Sylvie Fol, de um número de Géographie économie société (2016/1), sobre as dinâmicas do periurbano na França, e editor, com Jean-Louis Laville, do número da Revue française de sócio-économie (2015/1), sobre a economia solidária.Osresultados da pesquisa recente que ele desenvolveu no Recife sobre as questões de água podem ser lidos no site Métropolitiques: http://www.metropolitiques.eu/Faire-face-au-manque-d-eau-a.html ou na revista EPS: http://www.eps.revues.org/5824
7 de Março | 16H00 | Sala C502 | ISCTE-IUL As dinâmicas urbanas na França : gentrificação, relegação e peri-urbanização.
Resumo: O objetivo é sintetizar as principais dinâmicas urbanas das metrópoles e cidades francesas. Faremos uma breve descrição dos casos de gentrificação; mostraremos a diversidade do crescimento peri-urbano e enfim, tentaremos discutir a situação dos bairros populares que tiveram importantes operações de renovação urbana. Tentaremos expor as principais teses sobre a interpretação dessas dinâmicas, entre aquelas que apontam para um risco de fratura social e outras que mostram que os espaços não são homogêneos e que a segregação permanece limitada.
10 de Março | 18H00 | Sala C103 | ISCTE-IUL O acesso à água numa metrópole brasileira: entre denegação pública e estratégias privadas.
Resumo: apresentaremos os principais resultados de um projeto internacional e pluri-disciplinar ligado à questão do acesso à água na Região Metropolitana do Recife (Brasil). Numa cidade que conhece o racionamento há muitos anos e onde a qualidade da água é precária, mostraremos como os cidadãos desenvolvem estratégias alternativas para manter um abastecimento continuo de água e como os poderes públicos não conseguem regular o setor apesar de várias estratégias (criação de agências, proibição de novos poços e mais recentemente lançamento de uma Parceria Público-Privada no setor de saneamento etc.). Assim veremos que a distribuição de água contribui a desenvolver injustiças espaciais e a reforçar a fragmentação urbana.
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