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As universidades e os centros de investigação também devem fazer a sua transição ecológica
Durante décadas, a luta para a preservação de um planeta saudável teve expressões pontuais. Investigadores, de todas as disciplinas, dedicaram-se a analisar e tentar resolver problemas ecológicos; universidades adotaram medidas de sustentabilidade e pediram que Objetivos de Desenvolvimento Sustentável fossem associados às disciplinas; docentes criaram mestrados sobre questões ambientais. Mas isso não chega.
As universidades e os centros de investigação devem hoje estudar os problemas ecológicos e a sua resolução de forma sistemática, sistémica e estratégica. Devem fazer a sua própria “transição ecológica”, sendo transição definida como mudança não-linear, feita de transformações que levem a um novo modelo de desenvolvimento. É esse caminho que dezenas de universidades de todos os continentes se comprometeram seguir ao associar-se à Declaração de Hamburg, lançada em 2021 pelo Conselho de Reitores das universidades alemãs.
A Declaração parte da premissa de que a humanidade enfrenta um desafio existencial; a mudança climática, provocada pela atividade humana, põe em causa não só a qualidade de vida como a sobrevivência de muitas espécies. Por isso, pede aos líderes universitários para iniciar “uma mudança cultural, revendo as suas decisões estratégicas em matéria de educação, investigação e divulgação, na perspetiva da sustentabilidade e ação climática”. É esse um dos objetivos estratégicos do DINÂMIA’CET-Iscte.
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